Sábado, 8 de Agosto de 2009
Atraiçoada na TV
ainda não fizeram o filme mas estamos no trilho correcto hehehehe
nunca tinha pensado que fosse tão rapido a divulgação deste livro
Ainda ha uns meses pensava, como iria conseguir capital para publicar o livro e, de repente convidam-me para o publicar on line e em papel, com um minimo de investimento e, logo a seguir um convite para o divulgar no meio de comunicação social mais poderoso e eficiente
tive o meu momento de gloria, puro êxtase e climax emocional ao ver a capa em grande plano na caixinha magica
a simpatia, interesse e curiosidade da assistência deixou-me babada
se bem que o programa não tivesse sido como dito no convite, atingiu o objectivo: divulgar o "Atraiçoada"
ao contrario do que se possa pensar, não é um livro de cartas de desamor ou raiva, ele conta as peripecias e todos os estagios que uma mulher passa quando sente e sabe que o seu mundo está em colapso
todo este processo emocional tem como pano de fundo o facto de viverem na Amazonia e todas as aventuras que acontecem que, superam os limites da resistência humana aliada à tentativa de terem uma quinta de produção leiteira a funcionar
a ideia de trocarem a Europa por uma quinta no meio da Amazonia seria fantastica se, não houvesse um terceiro elemento na relação
o casamento é o nosso mundo e quando ele é abalado tudo se transforma
é um livro que foi escrito para não esquecer o que se passou naqueles 6 anos no Inferno
esperando que hajam menos mulheres a passarem pelo processo de expiação por actos não cometidos

Quinta-feira, 7 de Agosto de 2008
XVI - O recital
Já estavam em Junho de 1999, o calor continuava se bem que, oficialmente fosse Inverno, mas como era a estação seca chamavam-lhe Verão. As temperaturas continuavam a subir aos 40ºC.
*
Uma noite, por volta das 4 da manhã, despertou, mas, não era do ar abafado. Estavam a chamar por ela. A voz era do exterior, forte, profunda e aflita. Sem saber muito bem onde estava, escutou. Tentava tomar consciência de quem a chamava.
Não conhecia a voz. Levantou-se. Era escuro. Vislumbrou a luz do estábulo, Ricardo estava trabalhando. Abriu a porta e, mais uma vez escutou o seu nome. A voz vinha do estábulo, só podia ser Ricardo. Teria acontecido algo?.
Mas, ela não a chamava pelo nome, costumava chamá-la senhora ou senhorita. Ainda meio adormecida caminhou até à varanda. Escutou. Mais uma vez a chamavam. Tentava despertar, identificar a voz.
Quarta-feira, 6 de Agosto de 2008
XV - Inverno de 98 1.n
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Terça-feira, 22 de Julho de 2008
assassina!
Caminhava em direcção ao estábulo, sem planos.
Queria ir atrás dele, mas não tinha dinheiro para o colectivo! O relógio do estábulo marcava 12.00. Deu-lhe mais 15 minutos, ele tinha saído às 9. Dava-lhe tempo para ir à cidade, estar 1 hora com a outra e, voltar! Os minutos passavam, pareciam horas. Nada!
*
Trepou as traves da parede, espreitava, tentando ver a curva da estrada. Nada! Desce e busca outro angulo da estrada. Nada! Mais 30 minutos e nada!
*
A sua cabeça imaginava tudo e nada, tinha raiva de si mesma, dele, da sua vida, de tudo. Começou a disparar.
Segunda-feira, 14 de Julho de 2008
XV - Inverno de 98 1.l

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Domingo, 13 de Julho de 2008
XV - Inverno de 98 1.j
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Quinta-feira, 3 de Julho de 2008
XV - Inverno de 98 1.i

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XV - Inverno de 98 1.h
Nem um mês depois de ter saído, voltou! Sem arrependimento, sem explicações. – “Esta também é a minha casa. Fui eu que trabalhei para pôr isto a funcionar. Não sei por que tenho de sair. Aqui é onde eu gosto de estar, na cidade não consigo dormir, a água não presta, só há mosquitos. Estou farto de fazer o que essa mulher quer, ter a minha vida a mando de uma mulher! Uma mentirosa e trepaceira!!!”
Ficou de boca aberta. Ele ia voltar. Assim? O D. Tito tinha razão? Não havia arrependimento, não havia lágrimas, só orgulho!
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Mas no dia seguinte foi embora!
*
*
Quarta-feira, 2 de Julho de 2008
XV - Inverno de 98 1.g
Sexta-feira, 27 de Junho de 2008
XV - Inverno de 98 1.f
Uma manhã desperta com uma ideia que põe em pratica dias depois.
Ela consegue convencer o marido a deixar-lhe o jeep. Deixa os calções e t-shirt e escolhe um vestido de Verão que tinha comprado em Portugal e que raramente vestia. Era comprido de alças e largo, de cor azul com flores pequeninas que lhe dá um ar de mulher madura e estrangeira, escolhe umas sandálias de salto e vai à escola onde a outra estudava.
Quinta-feira, 26 de Junho de 2008
XV - Inverno de 98 1.e
D.Tito - o Bruxo
Ele baralha as cartas, ensina-lhe partir o baralho e, espalha-as sobre a mesa.
- “És casada mas o teu marido não está contigo. Está apaixonado por outra mulher. Por ela te mente, te engana. Mas, essa mulher não presta, está amarrando-o com a ajuda de curandeiros. É uma mulher mentirosa, que nem gosta dele, tem outros. Esse amor não é limpo mas, ela pode vir a engravidar. Ele quer um filho e, ela pode dá-lo, há possibilidades disso. Tu és uma pessoa bondosa, muito sensível mas com uma força interior muito grande. O teu amor por este homem é puro. Tens algum dinheiro, mas não te interessas por ele. Vais fazer uma viagem, mas, por alguma razão não se vai realizar, ou, talvez já tenhas planeado viajar mas aconteceu algo que te fez ficar. Tens vontade de te ir, mas isso é provocado pela mulher com quem o teu marido anda metido. Tens de ter cuidado contigo porque essa mulher quer matar-te, quer ficar com tudo que é teu.”
*
Os seus olhos traíram-na, não estava acreditando, olhava as cartas e olhava o homem à sua frente, que lhe dizia, sem a olhar, tudo aquilo.
*
- “Como me estás dizendo isso? Conheces essa mulher?”
- “Como se chama?”
- “Marbella.”
- “O nome não me diz nada. Aparecem aí muitas estudantes, querendo agarrar o namorado. Não tenho a certeza”
- “Porque dizes que ela é estudante?”
- “Está nas cartas!” – o tom convenceu-a
- “Podes ajudar?”
- “Posso.”
- “Que vais fazer?”
Quarta-feira, 25 de Junho de 2008
XV - Inverno de 98 1.c

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