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betrayed

vivi 6 anos na Selva Amazonica Peruana, este foi o livro que escrevi sobre as aventuras que passei

betrayed

vivi 6 anos na Selva Amazonica Peruana, este foi o livro que escrevi sobre as aventuras que passei

Atraiçoada na TV

Infiel, 08.08.09

 

ainda não fizeram o filme mas estamos no trilho correcto hehehehe

 

nunca tinha pensado que fosse tão rapido a divulgação deste livro

Ainda ha uns meses pensava, como iria conseguir capital para publicar o livro e, de repente convidam-me para o publicar on line e em papel, com um minimo de investimento e, logo a seguir um convite para o divulgar no meio de comunicação social mais poderoso e eficiente

tive o meu momento de gloria, puro êxtase e climax emocional ao ver a capa em grande plano na caixinha magica

 

a simpatia, interesse e curiosidade da assistência deixou-me babada

 

se bem que o programa não tivesse sido como dito no convite, atingiu o objectivo: divulgar o "Atraiçoada"

 

ao contrario do que se possa pensar, não é um livro de cartas de desamor ou raiva, ele conta as peripecias e todos os estagios que uma mulher passa quando sente e sabe que o seu mundo está em colapso

 

todo este processo emocional tem como pano de fundo o facto de viverem na Amazonia e todas as aventuras que acontecem que, superam os limites da resistência humana aliada à tentativa de terem uma quinta de produção leiteira a funcionar

 

a ideia de trocarem a Europa por uma quinta no meio da Amazonia seria fantastica se, não houvesse um terceiro elemento na relação

o casamento é o nosso mundo e quando ele é abalado tudo se transforma

 

é um livro que foi escrito para não esquecer o que se passou naqueles 6 anos no Inferno

 esperando que hajam menos mulheres a passarem pelo processo de expiação por actos não cometidos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

XVI - O recital

Infiel, 07.08.08

 

 

 

 

 
Já estavam em Junho de 1999, o calor continuava se bem que, oficialmente fosse Inverno, mas como era a estação seca chamavam-lhe Verão. As temperaturas continuavam a subir aos 40ºC.
*
Uma noite, por volta das 4 da manhã, despertou, mas, não era do ar abafado. Estavam a chamar por ela. A voz era do exterior, forte, profunda e aflita. Sem saber muito bem onde estava, escutou. Tentava tomar consciência de quem a chamava.
Não conhecia a voz. Levantou-se. Era escuro. Vislumbrou a luz do estábulo, Ricardo estava trabalhando. Abriu a porta e, mais uma vez escutou o seu nome. A voz vinha do estábulo, só podia ser Ricardo. Teria acontecido algo?.
Mas, ela não a chamava pelo nome, costumava chamá-la senhora ou senhorita. Ainda meio adormecida caminhou até à varanda. Escutou. Mais uma vez a chamavam. Tentava despertar, identificar a voz.
 
 
 
 

assassina!

Infiel, 22.07.08

 

 

Caminhava em direcção ao estábulo, sem planos.
Queria ir atrás dele, mas não tinha dinheiro para o colectivo! O relógio do estábulo marcava 12.00. Deu-lhe mais 15 minutos, ele tinha saído às 9. Dava-lhe tempo para ir à cidade, estar 1 hora com a outra e, voltar! Os minutos passavam, pareciam horas. Nada!
*
Trepou as traves da parede, espreitava, tentando ver a curva da estrada. Nada! Desce e busca outro angulo da estrada. Nada! Mais 30 minutos e nada! 
*
A sua cabeça imaginava tudo e nada, tinha raiva de si mesma, dele, da sua vida, de tudo. Começou a disparar.
 
 
 
 

XV - Inverno de 98 1.h

Infiel, 03.07.08

 

 

 

 

 

 

Nem um mês depois de ter saído, voltou! Sem arrependimento, sem explicações. – “Esta também é a minha casa. Fui eu que trabalhei para pôr isto a funcionar. Não sei por que tenho de sair. Aqui é onde eu gosto de estar, na cidade não consigo dormir, a água não presta, só há mosquitos. Estou farto de fazer o que essa mulher quer, ter a minha vida a mando de uma mulher! Uma mentirosa e trepaceira!!!”
Ficou de boca aberta. Ele ia voltar. Assim? O D. Tito tinha razão? Não havia arrependimento, não havia lágrimas, só orgulho!
*
Mas no dia seguinte foi embora! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*
*

XV - Inverno de 98 1.f

Infiel, 27.06.08

 

 

 

 

 

 

 

 

Uma manhã desperta com uma ideia que põe em pratica dias depois.
Ela consegue convencer o marido a deixar-lhe o jeep. Deixa os calções e t-shirt e escolhe um vestido de Verão que tinha comprado em Portugal e que raramente vestia. Era comprido de alças e largo, de cor azul com flores pequeninas que lhe dá um ar de mulher madura e estrangeira, escolhe umas sandálias de salto e vai à escola onde a outra estudava.