Caminhava em direcção ao estábulo, sem planos.
Queria ir atrás dele, mas não tinha dinheiro para o colectivo! O relógio do estábulo marcava 12.00. Deu-lhe mais 15 minutos, ele tinha saído às 9. Dava-lhe tempo para ir à cidade, estar 1 hora com a outra e, voltar! Os minutos passavam, pareciam horas. Nada!
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Trepou as traves da parede, espreitava, tentando ver a curva da estrada. Nada! Desce e busca outro angulo da estrada. Nada! Mais 30 minutos e nada!
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A sua cabeça imaginava tudo e nada, tinha raiva de si mesma, dele, da sua vida, de tudo. Começou a disparar.
Nem um mês depois de ter saído, voltou! Sem arrependimento, sem explicações. – “Esta também é a minha casa. Fui eu que trabalhei para pôr isto a funcionar. Não sei por que tenho de sair. Aqui é onde eu gosto de estar, na cidade não consigo dormir, a água não presta, só há mosquitos. Estou farto de fazer o que essa mulher quer, ter a minha vida a mando de uma mulher! Uma mentirosa e trepaceira!!!”
Ficou de boca aberta. Ele ia voltar. Assim? O D. Tito tinha razão? Não havia arrependimento, não havia lágrimas, só orgulho!
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Mas no dia seguinte foi embora!
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