Ele baralha as cartas, ensina-lhe partir o baralho e, espalha-as sobre a mesa.
- “És casada mas o teu marido não está contigo. Está apaixonado por outra mulher. Por ela te mente, te engana. Mas, essa mulher não presta, está amarrando-o com a ajuda de curandeiros. É uma mulher mentirosa, que nem gosta dele, tem outros. Esse amor não é limpo mas, ela pode vir a engravidar. Ele quer um filho e, ela pode dá-lo, há possibilidades disso. Tu és uma pessoa bondosa, muito sensível mas com uma força interior muito grande. O teu amor por este homem é puro. Tens algum dinheiro, mas não te interessas por ele. Vais fazer uma viagem, mas, por alguma razão não se vai realizar, ou, talvez já tenhas planeado viajar mas aconteceu algo que te fez ficar. Tens vontade de te ir, mas isso é provocado pela mulher com quem o teu marido anda metido. Tens de ter cuidado contigo porque essa mulher quer matar-te, quer ficar com tudo que é teu.”
*
Os seus olhos traíram-na, não estava acreditando, olhava as cartas e olhava o homem à sua frente, que lhe dizia, sem a olhar, tudo aquilo.
*
- “Como me estás dizendo isso? Conheces essa mulher?”
- “Como se chama?”
- “Marbella.”
- “O nome não me diz nada. Aparecem aí muitas estudantes, querendo agarrar o namorado. Não tenho a certeza”
- “Porque dizes que ela é estudante?”
- “Está nas cartas!” – o tom convenceu-a
- “Podes ajudar?”
- “Posso.”
- “Que vais fazer?”